O FANTASMA DA CANELITE

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Canelite é o nome popular para síndrome do estresse medial tibial. Para tanto, ao descrever o nome da lesão, descrevemos também seu mecanismo de ação. Uma lesão que possui muitos mitos ao seu redor. Por exemplo, muitos acreditam que todo iniciante na corrida terá sintomas relacionados a canelite. Esta desinformação acontece principalmente porque a Síndrome do Estresse Medial Tibial é a terceira lesão mais encontrada em corredores de rua, chegando a 8% de todas as lesões relacionadas a corrida, mas como pudemos observar, nem de longe se aproxima da totalidade dos corredores.
Os sintomas clássicos são dores na canela, principalmente na face interna da perna. Podendo em alguns casos, provocar inchaço e sensibilidade ao toque, até mesmo na hora de se vestir.
A canelite surge por estresse na estrutura da canela, normalmente por sobrecarga, expondo o tecido ósseo a uma demanda desproporcional ao seu reparo.
As causas são as mais variáveis possíveis, dentre elas podemos citar as que possuem maior relação direta:
 diminuição da absorção de impacto durante a marcha e corrida;
 diminuição de dorsiflexão;
 perda do arco plantar; e
 aumento brusco de volume e intensidade de treinamento.
Diante destas informações, saliento que a canelite não é um fantasma, é apenas uma situação com varáveis modificáveis e com prognóstico favorável.
Não tenha medo de iniciar sua corrida, ficar sedentário é muito pior que qualquer sintoma de sobrecarga. Análises de força, flexibilidade e biomecânicas podem auxiliar na prescrição do programa de treinamento e também para o tratamento. Ajustes devem ser feitos em qualquer atividade, de preferência com a orientação de um profissional.


Dr. Bruno Marinho
Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais. 
Pós Graduado em Fisioterapia Ortopédica Traumatológica e Desportiva.
Pós Graduando Biomecânica da Atividade Física na Saúde e Reabilitação.
Ampla experiência em Fisioterapia Ortopédica Desportiva e Biomecânica da Corrida. 
Professor de Quiropraxia Clínica e Lesões de Membros Inferiores
Atuou como Diretor do Centro de Especialidades em Franca (NGA-16). 
Atua como Fisioterapeuta no Instituto Trata / ITC Vertebral.