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Há alguns anos atrás conversar sobre treinamento sem comer causaria grande estranhamento na maioria dos esportistas. Porém, atualmente, já é considerado uma opção para alguns praticantes de esportes sair de suas casas para realizar os exercícios pela manhã, sem comer nada.
Essa prática se tornou moda após alguns estudos apontarem que os resultados relacionados a composição corporal de pessoas que fariam exercício em jejum, eram melhores do que quem fazia exercício alimentado. Mas essa teoria não se sustentou por muito tempo, já que os únicos estudos que apontam bons resultados foram feitos em ambiente controlado e com uma população escolhida, fazendo que o esportista normal no seu dia-a-dia não veja tanta diferença.
Um estudo realizado em 2014 publicado pelo Jornal da Sociedade Internacional de Nutrição Esportivaesclareceu as dúvidas que ainda persistiam sobre o exercício em jejum e mudanças na composição corporal. Nesse artigo os autores puderam afirmar que mudanças na composição corporal associadas ao exercícioem conjunto com uma dieta controlada são similares, independentemente de um indivíduo estar ou não em jejum antes do treinamento. Portanto se você opta ainda por um exercício em jejum voltado para emagrecimento, é mais vantajoso garantir uma dieta adequada.
Mas se você é daqueles que pensa no exercício em jejum para aumentar o desempenho de treinamento, a conversa é mais polemica ainda. Desde as primeiras pesquisas realizadas nesse sentido de exercício em jejum e desempenho, praticamente todos os grandes estudos apontam que a ingestão alimentar, principalmente de um alimento fonte de energia mais rápida (carboidratos) pode estimular um desempenho muito superior ao desempenho quando em jejum. Um estudo de 1967 – sim, há mais de 50 anos atrás – já apontava a importância do carboidrato e a reserva de carboidrato no corpo, antecedendo o treinamento, visando um desempenho maior e melhor, considerando também a recuperação pós treinamento. Esse estudo também testou o desempenho de um grupo que treinou em jejum. E como ambos os grupos treinavam, ambos os grupos melhoraram o desempenho, porém o grupo que se alimentou de carboidratos, praticamente dobrou a vantagem no outro grupo.
Claro que você pode se questionar: Mas porque eu me sinto tão melhor treinando em jejum (se for seu caso). A resposta é clichê, mas verdadeira: somos seres únicos e individuais. Como nutricionista a prioridade é escutar com muita atenção e consideração tudo que aquele paciente me relata. Se for o caso de o jejum estar dobrando o rendimento, o bem-estar e o desempenho, seria o caso de insistir e investigar individualmente aquele paciente. Mas se você está em dúvida se deve ou não testar, meu conselho é que continue fazendo o que desde o início da vida a raça humana – e outras também – tem realizado: sempre comer antes de se esforçar. Valeu a dica?
Pra me encontrar pessoalmente não esqueçam que estou disponível na @bodyzone_br
Atenciosamente, Laís Prado.
Ótima matéria